A bagagem. Jamile do Carmo. São Paulo: Giostri, 2022.
Uma sátira que toca, com muito humor e sagacidade, nos desafios vividos por aqueles que decidem migrar do Brasil partindo em um misto de incertezas, medos, mas, acima de tudo, esperanças. Num divertido jogo de palavras envolvendo todos os Estados brasileiros, a personagem, que incorpora o próprio povo, encara os desafios da viagem seguindo em frente com seus sonhos e bagagem, surpreendendo ao mostar que esta não é apenas uma mala, senão sua cultura, suas memórias, identidades...bens que levamos sempre conosco e que jamais poderão ser confiscados.
Odisseias dum Deserto. Jamile do Carmo. São Paulo: Giostri, 2022.
Uma ficção? Mais do que narrativas, aqui estão, em palavras e imagens simbólicas, misteriosos percursosentre encontros e desencontros, enrre aventuras e desventuras daqueles que, inesperadamente, adentram em seus desertos desprovidos de mapas e direções. Uma verdadeira odisseia em busca de si e de saídas, na qual qualquer semelhan1apode não ser mera coincidência.
Fauna, Flora e Eu. Jamile do Carmo. Ed. Oxalá, 2020.
Livro desenvolvido a partir de um projeto pedagógico interdisciplinar de "conscientiza-ação" com o Programa Sempre-Viva a Língua Portuguesa (Düsseldorf), problematizando as questões do meio-ambiente dentro do pensar-falar-agir em português. Através de oficinas de arte, promoveu-se uma relação de "inter-ação" sobre natureza e alteridades (enfatizadas pelo Eu do título) por práticas crítico-reflexivas em língua portuguesa. Ao fim do processo, as ilustrações finais das 20 crianças bilíngues participantes ( de 5 a 11 anos) ganharam um poema envolvendo seus respectivos nomes como símbolo de "participa-ação".
Cancioneiro Glocal. Jamile do Carmo. Autor convidado: João Araújo. Ed. GIRABRASIL, 2021.
Livro de poemas-canções baseado na poética das mobilidades diaspóricas, visando promover uma visão crítico-reflexiva sobre espaços transnacionais, especialmente o brasileiro. Partindo de uma perspectiva sincrônica/diacrônica, questiona-se as relações entre "territorialidades e interculturalidades" e como aí se envolvem o Eu e o Outro, o lá e o cá, o presente e o passado. "Das caravelas que foram, agora são os aviões que vêm" - este é o jargão que ilustra este jogo de mobilidades poéticas. Cancioneiro Glocal, do neologismo entre global e local, cria e evidencia uma plataforma musical-literária partindo da premissa de que todas as vozes cantam e contam, dando-lhes ressonância nos novos contextos móveis.
O. Jamile do Carmo. Ed. Mandala, 2015.
Numa floresta que surgiu bem no meio de um deserto, um grupo de animais aprendeu a falar e a educar-se para enfrentar as dificuldades. Eles construíram uma grande civilização e estavam muito orgulhosos de seu trabalho. Porém, sempre com medo de serem engolidos pelas dunas, toda sua inteligência era voltada à construção de imensas muralhas ao redor, sem sequer terem se questionado se as muralhas realmente protegiam a floresta ou a impediam de crescer. Certa vez, uma forte tempestade veio trazendo algo muito estranho: uma imensa esfera que mudava de cor todo dia. Como se reage diante daquilo que não se conhece? O é uma sátira que toca, com muito humor e reflexão, no sentimento do medo diante do desconhecido e do lidar com as alteridades e transformações.